segunda-feira, maio 26, 2008

Coimbra tem mais enquanto na hora da despedida!

Bem já faz quase 1 mês que tive em Coimbra. Uma cidade de contrastes, encanta e desencanta, deixa saudades e repulsa, é bonita e feia, riqueza e pobreza, loucura e calmaria - tudo nesta cidade tem o seu propósito. Fui com o intuito da Queima das Fitas 2008. Primeiro impacto foi rever a cidade 14 anos depois, continua com os mesmos cheiros, pessoas e quotidiano.

Mas, o que me surpreende é o respeito pelos estudantes. A vida na cidade anda em torno da estudantada. Com o começo da Queima, a cidade move-se em torno deste evento, no Cartola e arredores é só classe jovem. Os jarros de cerveja já começam a rolar às 11h da manhã. O povo vai-se concentrando, o primeiro dia começa com uma jantarada (com 12 cervejas de penalti) e depois vamos à Serenata, de seguida passa-se na Associação (reservado a estudantes, mediante apresentação de cartão) para molhar as gargantas e dar um dedo de conversa. Perto das 01:30 vamos para o outro lado do Mondego, para o Queimódromo. Música, álcool, luz, movimento e muita acção. Bem cedo começam as sirenes, o INEM mexe-se quem nem louco para socorrer às comas alcoólicas dos caloiros. É um frenesim que dura até de manhã. Assim faz-se uma noite de Queima. Incrível é o respeito dos mais velhos e polícia, pelos jovens. Ninguém grita com estes, ninguém os julga, ninguém os chateia. Diria antes que é um certo, Anarquismo camuflado. Liberdade incondicional e oferecida.

Esta cidade é de loucos e sãos, é culta e inculta. Fiquei com saudades de lá voltar, porque tal como a cidade eu sou criado por contrastes. Para gente sem estes, esta cidade não serve!